quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Um dia numa noite

Bom dia... e foi-se pelas fendas deste espaço
Resvalando nas encostas desta manhã
Os olhos caídos pro lado e nenhum abraço
Indo longe... virou-se e viu o nada
Os passos vagarosos e a lembrança
Do tempo em que fomos crianças
Onde cada um poderia se exaltar? Como?
Levei certo tempo para me ver aqui
De mãos atadas tento ao menos sorrir
Escondido em algum canto você está
Neste imenso alfabeto de ondas curtas
Seus olhos procuro quando durmo
E se em algum canto enfim lhe acho
É na areia... na fina areia da praia de manhã
Quando a prova foi à bala... e difícil
Os olhos fecho... a água dos olhos me percorre a face,
Mas luto, ainda que não seja seu... luto pelo olhar
Para que seja apenas meu... ainda que de noite e frio
Boa noite... veio vindo e dormiu serenamente neste espaço
Resvalou-se do frio no encalço e me abraçou...

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