sexta-feira, 27 de julho de 2012
Sua lembrança
Pensando com meus botões
Não encontro sua razão
São uns quase tantões
De tudo que pode ser amanhã
Não me resta muito do que pensar
Custo a aprender valorizar
Os dias que parecem obscuros
Mas você me aparece
Sempre nestas horas impróprias
Traz-me conforto e sei lá o quê
Vem de sei lá onde, mas fica
Durante a música que não cessa
Dorme em meus braços
Totalmente atônita e cruel
Mas fica
Ali sem dizer uma só palavra, me beija
Me ama, me cala e me acalma
Louco eu como um tal zé
Não encontro sua razão
Não me resta muito do que pensar
E achar-me por aí... perdido em sua lembrança
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Abandono
Boca entreaberta esperando
Quando chega?
Abandonado à essência de nada
Quando os dias demoram-se
Apenas perseverando a esperança
Tentando, gemendo, clamando...
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Tantas Palavras
Apenas estar aí
Sem a lua... manjada
Boba... tirando meu brilho
Nosso beijo!
Quem está tranquilo?
Aqui estou sério
Querendo o cheiro
Da pele, beijo, cheiro
Apenas isto...
Uma menina gótica
Querendo sentir
Intumescência suave
Ali
Me abandono assim
Vamos?
Fico... fica...
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Ver-te não
Corpo quente
Mente longe
Suspiros
Ver-te só
Desprezo em mente
Corpo deslizando
Suspiros
Ver-te só
Corpo sedento
Desilusões
Suspiros frios
Ver-te somente
Desejo quente
Mente longe
Teu corpo nesta mente
Ver-te ali
Nuns dias estranhos
A boca fechaste
Minhas costas, meu eu
Ver-te ali
Para trás na rua
Sumindo, sucumbindo
Ver-te não
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Mundo seres
Libélula libélula voa voa
Voa voa soa entoa liberta
Canta canta esvoaçoa voa voa
Canta canta cansa encanta descansa
Fica adormece voa voa
Libera libera beija beija
Voa entoa canta descansa
Livra livra este canto
Cansado cansado
Espera espera descansa
Dorme dorme sonha
Liberta libera voa voa
Asas asas libertas libertas
Plana plana observa canta
Amar amar mundo seres
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Na beira da praia
O horizonte deitado
Sua lembrança na mente
As águas molhando
Os pés, as mãos
Flores enfeitando
Os arredores, onde está você?
A temperatura aumentando
Seus olhos cadê?
Na beira da praia
O horizonte deitado
Sua leveza passeando
Em minha mente
Minha imaginação
Que se cure
Sua ira!
Seu pretenso mar
Na beira da praia
O horizonte deitado
O sol amenizando
A lua chegando
O copo cheio de amor
Esperarei!
Na beira da praia
Com o horizonte a se deitar
Nada mais posso querer
Acorde!
Venha e se banhe...
domingo, 8 de julho de 2012
Você
Boas novas
Azuis mares
Você
Doce dia
Boas canções
Dias assim
Você
Doces dias
Novas arestas
Polir
Cantar assim
Você
Dias melhores
Andar
Viver assim
Você
Boas novas
Melhor estar
Amar assim
Você
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Ferocidade
Cale-se! Ouça apenas
Meu coração frio,
Feroz apenas consigo
Tão quente como o gelo!
Procura, mas olha umbigos
Tão quente, friamente quente
Olhos vermelhos
Ferocidade nos lábios
Quentes lábios sedentos
Pela água, água quente do mar
Os meus pés pisando palitos
Fisgando a sensação de perda
Por onde deveria andar?
Aqui estão ferozes como águias
Tentando tirar ânimos
Procurando matar com dilúvios
Tão quente como o mar
Como você, como qualquer beijo
Como o gelo que pousa em seu umbigo
Gerando vontade de continuar
Deite-se! O beijo será longo
Tão feroz quanto o desejo de você
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Restos de razão
A esperança pode não morar aqui
Mas a coesa razão ainda habita
Ainda que atrapalhada, mas mora
O que buscas coração desnudado
A seiva do fel ante teus descabidos
Desprovidos e desmoralizados Eus
Buscas verdades e mentiras juntas?
Viver somente não é o bastante assim
O que buscas coração meu, sem noção
Do tempo que participas despercebido
O que buscas na verdade neste mar
Buscar a lua não é o bastante? Pedes o sol
O que fazes para ter este doce palavreado
Gastando o pouco que te resta deste amor
Ingrata dor escondida... apenas deite e ouça
Descanse para o dia depois do amanhã claro
Com o sol a pino... relaxe...
O que buscas além de mim? Tu?
Tu és quase nada já, mas as buscas
Tolas e bobas são razão... ou o que sobrou dela...
terça-feira, 3 de julho de 2012
Velejadores
O amor é como um imenso veleiro
Esperando os ventos soprarem
Para que possa exibir
No meio do mar toda sua imponência
Velejando, porém, basta uma pedra
Para que a força da água se mostre
Nestas horas é preciso docar
Consertar a ferida e novamente velejar
O amor agora sabe tomar seu rumo
Enfrenta o mar mais sabiamente
Abaixa a âncora se o mar se agitar
E desfila sua beleza fazendo barulho
Dois veleiros se cruzam longe neste mar
Apenas o apito consigo identificar
Suas cores me parecem quentes
De amar o mar e renovar...
Somos velejadores neste instante
Cruzando as águas e suas correntes
O amor é como um imenso veleiro
Esperando os ventos soprarem