quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"SEJA VOCÊ MESMO! NÃO DÊ BOLA AO QUE OS OUTROS DIZEM OU PENSAM! SEJA SEMPRE O QUE VOCÊ SABE E O QUE VOCÊ SENTE!"

Sol quente

A força embutida na ponta dos lábios
Como uma flor intensa que explana
Um momento longinquo, um suspiro
Um acalento de força estranha

Os olhos que incrustam suavidade
Trazem ainda aquele brilho amoroso
Eram dias de conhecimento
Eram dias de descompromisso

Acreditar? Talvez seja o melhor
Qual flor desabrocha sem que espere pelo sol?
Duvidar? Pode não ser o melhor
Os caminhos são tortuosos quando estão sob a lua

E o beijo elucidado está tão vivo e recente
Que ainda o poeta adormece e sente o corpo
Sente como se fosse ontem
O coração colado a mim sob aquele sol quente...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Noite

Qual cheiro numa noite densa
Ainda resvala em minha mente?
Ainda traz o cheiro da flor presa
Desejando assim meu corpo quente

Dos dias sós de noite enfim
Quando os lábios procuravam
Miravam a lua e assim dormia
Era um sonho só... era uma escura

O corpo deitado na cama
Meus olhos apenas observavam
O cheiro sendo emanado
Minha cabeça adormecendo
O corpo esquentando
A alma... o sangue...
É quase um segundo... um gemido
Enfim o teto e umas palavras...
A voz suave entoando palavras vis
E os olhos que enfim se calam...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Recente...

Ainda procuro por suas mãos
E que estas falem baixo
Baixo o quanto possamos dialogar
Sem gritos! Por favor... meus ouvidos doem

Ainda sinto seu corpo leve
Sua tão cheirosa pele, dias vis
Ainda recordo sua serenidade
Sua integridade

Hoje vejo seus movimentos
Mas um limite há
Hoje você me cruza
Mas um limite há

Ainda sinto sua boca triste
Por ter de dividir-me
Ainda sinto seu olhar emudecer-se
Por ter de ver-me entre espinhos

Hoje nada vejo
Queria!
Mas não vejo um palmo
Histórias criadas me remetem ao fim...

Ainda ouço suas palavras
Sinto ter de deixar-lhe assim
Seu pequeno corpo ainda me assola
Ainda me queima de paixão

Lembro-me...
Apenas lembro-me...

domingo, 14 de novembro de 2010

Escassez

Hoje a noite parece uma escassez
Escassez de amor e de colo
Quando tudo o que vejo me parece belo
E o belo em poesia é a falta

Falta de algo simples, algo verdadeiro
Falta daquilo que nos une e que faz rir
O que os pássaros querem?
Mais um canto para não sentir escassez de alpiste?

Não sei, mas continuo aqui
Você vai por caminhos alheios
Preocupo-me com qualquer coisa...
Mas não comigo... quem sabe os dias

Os dias não venham mais ensolarados no próximo verão
Com seu corpo ali parado e sendo acariciado pelo sol
Tentando desesperadamente colidir a verdadeira vida com o amor!
Mas não... vamos levando em silêncio

Os dias vão assim passando...
E as noites vão escassas nos tornando...
Mais amáveis ou mais duráveis
Depende do ponto de vista, depende do seu modo de ver-me...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Em alto mar

Os dias são como as ondas do mar
Uns em alta outros em baixa...
Às vezes a maré se eleva e leva nosso ânimo
Às vezes está uma calmaria e o coração descansa

Quando as coisas se ajeitam, às vezes se demoram
São os dias de luta que travam as relações
Qual coisa é igual em grau, em gênero... em verdade
Qual mentira pode suportar um olhar?

Dias de volta são dias sonhados
Qual luz pode nos achar?
Se no escuro tento encontrar

O causo verdadeiro de um paladar
Uns beijos sumediços e estranhos
Esquecidos em alto mar...

domingo, 23 de maio de 2010

Em qualquer

Viu as coisas como são?
Cada traço do vento cortando...
Aquele gosto findo
Numa noite qualquer...

A mão que segue só sem tempo
Sem tempo de fazer algo sem o dia
Porque o que ficou não é nada
É apenas aquela água que toca fria

O corpo, o rosto... estes dias
De sol frio e sem sentido
Sou algo triste e sem razão

Procuro o nada... talvez você
Onde dorme e onde me espera...
Em lugar nenhum (?) Em qualquer...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Olhos fechados, sentido inverso

Novos dias, luz apagada...
Dias a esmo, forte dor
Num enlace sem razão, mar de ressaca
Olhos fechados, sentido inverso

As cores variam, o ar é rarefeito
O azul vai se misturando ao vermelho
O amarelo aparece sempre
O verde desaparece e demora a voltar

Olhos fechados, sentido inverso
Num misto das cores em meu coração
Não me lembro onde deixei
O brio que me embasava, frio...

Frio aqui, sentido (inverso?)
É maio e o vento está em cores
Uma rajada azul me toma
Cala minha boca! Traz um toque sutil...

Olhos fechados, sentido certo...
Na hora de deitar e vomitar
Os piores desmandos da vida
Olhos fechados, sentido em falta

Cor...
Jeito de cor verde...
É quase dia e o céu está negro...
É quase ontem e não me acho ainda...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vazio tempo

Vazio tempo, solidão... não entendo
Dias remorsos, amores esparsos
Do lado de cá uns olhos, perdidos no vento
Caminhos sem rumo, luz sem brilho... vaidade

Vazio tempo, nossa casa fechada
Frio alento, carícias esquecidas, calado me sento
É hora de ir? Pra onde? Cansado me deito
O sonho é estranho... me leva pro fundo... do mar

Os peixes sorriem! Vazio tempo que a água me esfria
Consumo uns trapos, uns caminhos medíocres
Você vem longe, caminhamos distantes...
Por quanto tempo? Quando chega novamente?

Sozinho desabo, sem o rebento que me anima!
Me perco, procuro, mas é triste... não me acho
Calo, e tento, mas encanto não há

Onde fomos perdidos e quem tem o direito
De nos encaminhar, de nos incitar...
Quero apenas aqui ficar, esperando... sua volta

Vazio tempo, noite escura
Esperando...
Vazio tempo, pensando na sua
Amando em silêncio, pensando na sua
Vivendo em silêncio, esperando a vida sua...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O que que há que há aqui que não há aí?

O que há de bom num olhar
Sua capacidade de nos derreter
Ou de levar-nos a um céu
Escuro céu? Ou claro só...

O que há de mal numa boca
Sua capacidade de nos embalar
Ou de levar-nos ao mar
Agitado mar? Ou calmaria só...

O quê que há que há aqui que não há aí?
Mete-se no meio de tudo quanto é jeito
Belo jeito de me deixar em dúvidas...

Pelas ruas há o que chamam dor...
Há gente querendo gente, prover a dor
Há gente querendo paz... provêm a paz?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mendigo

Siga o passo firme, sem pressa, mas atento
Olhe em volta quanta casa, quanto jeito, alentos
O céu escuro da fria noite nos dá revolta, há gente
Que se deita insana, o que há (?) por que me esquecem (?)

Da beira do mar não se avistam mais as caravelas
Só há barulho surdo, papelão sobreposto, cama insana
Deixaram um legado maravilhoso! Quanto verde! Quanta vida!
E não há nada por aqui. Quanto frio, quanto desgosto!

Jeitos há que darão esperança, mas de onde ouço isto (?)
Esta música, este pássaro, ah esta borboleta azul!
Na zona urbana, meio zona, meio ordem, sou aqui (feliz?)

Aperta o botão da rua, que o carro para e você passa
Não passo eu, não vivo eu, não sigo mais eu...
Estou aqui sonhando, é noite fria ainda, e as pessoas já vão passando

sexta-feira, 19 de março de 2010

Indo...

"Que os dias vagos sejam logo preenchidos com as atividades que devem povoar nossa mente!


Crie mais coisas simples
Dê atenção às crianças
Comemore sempre o nascer e o pôr do sol
Mas não se esqueça de agradecer à chuva (o seu momento de reflexão)
Lembre-se sempre dos amigos que ficaram por aqui e que serão sempre luz e força
Nesta estrada não nos cabe questionar Deus! Aceite sua vida como ela é
Apenas nos cabe viver e deixar que o outro mereça...
Dê muita atenção a si mesmo
Mas não se esqueça dos que lutam contigo...

E que em cada nova fase você seja guerreiro, continue simples, pois simples são os bravos de coração"

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Carícias

Sorriso inspirador
Olhos escondidos porém
Num canto deste Brasil.... longe
Vou-me!

Sorriso encantador
Olhos perdidos... frios... esondidos

Sorriso inspirador, uma luz?
Um caos aqui dentro, neste coração
Cores e formas! O que se passa?
Uma paixão longinqua? (...)

Sorriso tal qual o mar
É leste? Oeste? Estes ventos estranhos...

Sorriso singelo... uns óculos
Empenhados em proteger belos olhos...
Trazendo uma vontade, um simples medo
Ir ver-lhe, ir conhecer o dia claro! A lua bela
A noite singela e barulhenta
Os seus gemidos pedindo meus carinhos
E os meus anseios pedindo os seus

Lua

Belos olhos, belo sorriso! Oh Lua!
Lua! Tal como começa sua vida
Como começa uma música...

Dê um pouco de si! Ganhe! É somente um jogo
Belo sorriso... lá das gerais... daquele instante...
A face embalada pela falsa voz, onde está?

Sua beleza? Seu corpo inteiro?
À lua! Você que gosta da lua
Da gota de lua sobre nossas cabeças
Cantando baixinho...

É dia,é noite, é qualquer dia.... hoje
Quando não vejo nada
Vejo uns olhos numa tela, algumas palavras
Uns olhos metidos numa tela lá nas gerais
Quando? Amanhã? Tudo bem...

Sol? Não! Lua pra você linda Lu... a
Sol hoje aquecendo...
Apenas o sol da noite...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dias avessos

O que se passa na cabeça de quem comanda a vida?
Hoje não! Amanhã sim...
Agora não dá, mas amanhã...
Dias avessos... quem pode contestar Sua vontade?

É sábio
Mais sábio que qualquer sabiá
Canta
Canta como ninguém nos vendo sofrer

É sábio
Tão sábio que nos vê sofrer
Sabendo que iremos
Enfim olhar para trás e sorrir...

É riso!
É uma alegria cheirosa como um novo café!
Abençoados corações!
Que não se queixam...
De nesta vida andar  pé...

Dias avessos são dias de espera
O que vem amanhã?
A quem pertence...
Espere... espere... espere...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um dia Uma luz

Num dia, o primeiro...
Tavez do mês , talvez da fase daquela lua
Noutro dia, o segundo
Era outra ida? Dias findos com sustos...

Mais um dia... o último?
Sua pele ali serena... um filme de fundo...
Podia ser Caribbean Blue
O terceiro ato, uma luz

A pele lá escondida, o meio
E em meio a dúvidas, sigo só
Um dia, finalmente, uma luz?
Qual luz? Qual estação? Se perdidos estamos...

Não procuro pelo sol... já é noite enluarada
O poeta gosta de caminhar sob a lua
Estar sob o seu domínio
Sentir a pressão dos cabelos contra o peito

Uma fina brisa quando cai
Transcende uma sensação obscurecida
É algo sem razão talvez
É o que me conduz... me guia

Três dias? Ou três noites?
Verdades escuras... noites claras
Durmo tranquilo, descanso sereno
Dias de um dia... dias de luz...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O Pe(r)dido

Clara lua, num céu de dúvidas
Sua boca aqui e meu coração ali

Forte chuva, já não vou-me daqui
Onde está sua boca? Em qual estação...

Doce ilusão, numa real situação
Sentir-lhe a tez, o suor provar! A boca

Enfim provar, cuspir antes
Enfiar as mãos num bolso, e ir-me

Ouvir sua respiração ante movimentos suaves
E tocar-lhe a pele lisa, cheirando a ardência

Comprimir aqui dentro sua lembrança
Procurar pelos olhos atenuados e vivos!

Carregar aqui seus movimentos, suas atuações
Seu infalível jeito de me embalar nesta busca

Neste pedido, neste labirinto para encontrar
A boca quente, a paixão ausente, o firme roçar

Outros dias, mais buscas, hora de acordar?
Diga-me você! Culpada... perdido faço um pedido

Sem mais dias para voltar quero aqui estar
Completo, alguma coisa tomar! Um copo...

Uma situação leve e um leve roçar de pele
Um pedido perdido, uma paixão crua

Um coração ensanguentado, mãos suadas
Você se deita e o som de The great gig in the sky rola

É noite já, seu sono está embalado, observo
Sua boca, suas pálpebras, o sorriso ora escapa... perdido

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Simplesmente

Simplesmente linda leve e madura
A fruta que arde os olhos e cala a alma
Simples mente... simples dias...
Com calor intenso, pele doura, és alva

Num dia a fala muda, ver-te!
Noutro o acaso incerto, desencontros
Quando vens? É hora de dormir
Deitar à cama limpa sob escombros

Sob a lua simples, simplesmente te espero
Cá deste lado do sol ante o mar ante tudo
Que quando espero os dias são mais lentos
Corro passo e me esguio... chega outro muro

Mais um dia, noutro te espero ainda?
Que quando acordo seco esfrio e sigo
Mais uma vida, mais alguém, mais verdade obscura
Que retraio sob os olhos... é simplesmente tudo...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Palavras insanas...

Palavras impensadas... pesadas
Trazidas de um fundo inóspito, sem pretensão
Foram aí cravadas de forma errada, com desconfiança
Palavras erradas, num momento sacudidas

Frases sem sentido, coisas sem ações
Foram momentos irreais, em vão
Palavras estas que ficarão enterradas
Com uma pedra de lição por cima
Não era tão ruim, mas foram palavras insensatas

Qual música pode retratar? Qual soneto...
As palavras saltam sem perguntar...
Qual música vai hoje no coreto? Tomo aquela água em seco
Pois da garganta roca não sai nada...

Quero apenas não desferir tamanha algura singela
Como se fosse um conto de fadas...
Sem cores é melhor, sem brilho, talvez pior
Mas sem alusões reais e à luz do dia, posso me salvar...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Roxo Rosto

Foi numa hora dessas em que a alma seca
Os dias quentes vão-se embora? Fica a casca...
A pele embranquecida suavizada pelas cores
O cabelo que é levado à altura do rosto... roxo rosto

O que há por tras daqueles olhos que de tão simples
Tornam-se complexos ante esta imensa gana de explicar
É isto, ou aquilo, ou ainda o conjunto da obra?
É tudo ou é por simplesmente não ser nada...

Deste lado de cá meus olhos miram com cuidado
Cada detalhe... procuro pelos poros perfumados
Pelo traço do contraste entre o roxo e o branco
Para traduzir o que um desejo pode ser, uma brisa do mar

Assim:
Mira tempo cada rua cada traço cada cor e cada beijo
Boca quente selva ardente desejo frio numa noite quente
Cores insanas com rostos tristes e coração gigante
Noite intensa suor na frente descanso cansado
Vida assim? Coisa aqui pra mim! Um minuto...
É atenção é motivo pra lhe ver... um momento receber
O beijo a crista a mão o corpo a vida o céu o mar e o adeus...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Esconderijo

OS OLHOS ESCONDIDOS
ESCONDEM UMA FRAÇÃO DE TUA BELEZA
A BOCA ENTREABERTA RESPONDE À RAZÃO
DE MINHA SURPRESA
OS CABELOS ARRUMADOS
MOSTRAM TUA DELICADEZA
A DE UMA PRINCESA
AINDA ESCONDIDA PELOS ÓCULOS
DE TUA PRESTREZA
A PERFEITA SINCRONIA DE TUA FACE
SE EMBRAMA COM A IMAGEM QUE TE COBRE
O DESERTO QUE SE AJEITA MAIS ATRÁS
É TUA VIDA QUE ACREDITAS VIVER
MAS OLHA PRO CÉU OH DOCE MULHER
E VERÁS O CÉU, O SOL E A LUA...
    QUERENDO ENFIM TE CONHECER

2005

Penso amor
Reflito a esperança
A presença dos olhares
Fazem-me pensar
Na presença de anjos
Demônios indecisos

Faço amor
Tudo o que me pedires
Isto tudo é passageiro
Nossa vida é bem maior
Do que palavras
Ameaçadoras

Vejo amor
Em tudo que é canto
Roda pé
Ou alto algures
O céu fica mais belo
E as estrelas amarelas

E choro amor
Quando lembro o passado
Mas é de alegria
Por tudo ser passado
É de alegria
Por hoje estar ao teu lado

Agradeço-te amor
Pelas poesias
Você é tão brilhante
Que talvez
Eu não precise do sol
Você é tão brilhante
Que tua poesia
Escapa-te pelos poros
E se mistura
Com minha sede
De sempre mais
Querer amar-te

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Míaíraí

Ventos frios vindo mansamente
Muda rumo, muda tudo, é nova mente
Noite clara... é lua nova, fria gente
É céu é mar, é o que não sei falar, é fim de mês

Outra reunião, mais recursos e só
Uma busca por paz, por melhores dias
No trabalho estamos, na semana início
É fim de mês, outra vez juntos!

Deixa outras coisas irem...
Atrás corro e perdido fico
Sento-me na pedra na praia no encalço
À espreita do mar, e só, à espreita do quê?

Mais um mês que se vai, e o janeiro do ano que vem?
Ainda demora, ainda me enrola, fico... seco
Olho pro lado e vejo... é uma visão singular
Uns olhos metidos numa pele branca
Um sorriso contagiante num fim de dia...
Outra festa, outra interação, mais um sol
Outras luas que virão deste seu mar...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Regressão

Caso eu pudesse voltar eu mudaria
Lara seria feliz... realmente,
Mas não posso e tenho de aceitar
Lara merece... seguir em frente

Um dia foi muita coisa! Um mero acaso
Uma vida sem rumo e cega...
Quis correr por caminhos duros
E acabei caindo do alto daquele muro

Era uma transição entre os eus que me assombram
Era uma simples reunião, uma fatidiosa imensidão
De nada
De coisas erradas... Caso Lara voltasse...

Tudo estaria no mesmo lugar, as palavras...
Os dias a fio lhe escrevendo,
Dando de mim o mel, mas cai um minuto
Ele deu-lhe a oportunidade... me viu, me vi

Olho esta chuva e penso no amor
O que seria dez anos atrás? Dor escondida...
Hoje penso no quão selvagem são os cavalos
E esta difícil vida num amor insano e certo...
Nos modos falhos
E na aura sua! Teimando em contagiar...
Menino trabalhador... um poeta a delirar...