Minha mão alcança o muro
Desenho seu nome com a faca
Com a faca que cortei minhas mãos
E me alçou no seu rastro...
Injusto seria se não amasse assim
Minha palma da mão tem seu rosto
Desenhado com a ilusão dos seus olhos
Pintados sobre uma tela escura
Sobre o que não me alcança, o muro
Onde sua casa se esconde, seu nome
Minhas pernas correm e se deparam
Com a falta de sentido dos seres desumanos
Onde está nossa garra e nosso coração
Endurecidos pela falta de abertura...
... o amor perdeu?
É que quando me dou conta giro
Giro e volto no tempo espaço
No momento em que fitava meus olhos
Me detonava sem que soltasse palavras, mas
Descarregou seu destino em minhas poesias...
É que assim, sem destino, sem palavras suas
Sobram estas alucinações desconexas
Sem sentido formando versos
Alçando minhas mãos ao muro e o peito
Envolto no coração... Gritando seu nome