domingo, 23 de maio de 2010

Em qualquer

Viu as coisas como são?
Cada traço do vento cortando...
Aquele gosto findo
Numa noite qualquer...

A mão que segue só sem tempo
Sem tempo de fazer algo sem o dia
Porque o que ficou não é nada
É apenas aquela água que toca fria

O corpo, o rosto... estes dias
De sol frio e sem sentido
Sou algo triste e sem razão

Procuro o nada... talvez você
Onde dorme e onde me espera...
Em lugar nenhum (?) Em qualquer...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Olhos fechados, sentido inverso

Novos dias, luz apagada...
Dias a esmo, forte dor
Num enlace sem razão, mar de ressaca
Olhos fechados, sentido inverso

As cores variam, o ar é rarefeito
O azul vai se misturando ao vermelho
O amarelo aparece sempre
O verde desaparece e demora a voltar

Olhos fechados, sentido inverso
Num misto das cores em meu coração
Não me lembro onde deixei
O brio que me embasava, frio...

Frio aqui, sentido (inverso?)
É maio e o vento está em cores
Uma rajada azul me toma
Cala minha boca! Traz um toque sutil...

Olhos fechados, sentido certo...
Na hora de deitar e vomitar
Os piores desmandos da vida
Olhos fechados, sentido em falta

Cor...
Jeito de cor verde...
É quase dia e o céu está negro...
É quase ontem e não me acho ainda...