terça-feira, 8 de maio de 2012

O poema

Os olhos vorazes, porém distantes
A alegria nos olhos gritante
A pele viva, queimada como o mar
A beleza encrustada no olhar

A voz distinta contando os luares
Como areia jogada espalhando feitos
Ditando regras e encantando o ar
Como uma ala inteira de sambistas

Desnudada de sua verdade
Seu corpo doando seu perfume
Mas ainda assim sentindo-se desprezada
Por que?

Poesia que vem lhe dar... o sol
Poesia que ousa lhe beijar... a boca
Poesia que quer lhe oferecer... abrigo
Poesia estranha a lhe ofertar... o ser

Quando pensar no atrás
Quando deixar de sonhar
Quando não lembrar-se de si
Apenas saiba... estarei aqui a poetizar...

Nenhum comentário: