quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Entre a lua e o corpo

O ar sopra lentamente no ventre, enquanto o mar segue calmo
O mar então se surpreende com a lua, veio cedo com a brisa
A brisa não quis se alongar e trouxe um pássaro para cantar
Dormiu assim suavemente em meio aos burbúrios sutis

A noite exalava cheiros diversos, mas o seu perfume
Manso e floral, se destacava qual uma fina camada de pele
Que suave nos incita a manter os movimentos de carícias
Revitalizando o ego e dando à mulher sua fina expressão de desejo...

Queria eu, em minha ínfima maneira de expressar carinho
Poder ser como a lua que abraça os amantes apenas por estar lá
Ou ser como um pássaro semeador e deixar cair ali
As grandezas que trago com poucas palavras

Não veria algo assim sendo tão ruim a ponto de calar
A boca que ora traz uma vertiginosa vontade de se drogar
De todo o olor que podes me dar sem sequer sair do seu lugar
Apenas olhe, sinta, viva e me peça para tocar...

O corpo quente, o desejo ardente, a vida insana
Sendo eu assim tão egoísta (?) o que poderia haver
Nada... Absolutamente nada de ruim
Apenas a lua, o silêncio, o toque do seu corpo