terça-feira, 30 de junho de 2015

Perfume da alma

Leve quando passa
Sentido único
Dor no peito
Perfume na alma
A paz que restaura

Dorso quente
Afã ausente
Preciso de calma
Tal qual me ressente
Estes dias ausentes

Leve até que passe
O perfume que emana
A paz nos olhos seus
Uma pintura do dia
Na noite escorregadia

Corpo posto à luta
O perfume da alma
Que guia as flores
Dos dias que vive
Da vida que sonha

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ponto

Sem o senso do dia denso
Numa meia luz, uns olhos
Portas trancadas, peito aberto

Que o reto tem caminhos tortos
Bem sabemos que amar é dor
Sabor de uma flor madrugueira

Ponto fim

Sem o denso do seu senso
Num meio dia de olhares
Portas escancaradas, peito arfante

Que o certo tem caminhos vis
Bem sabemos que dor é amar
Doce de uma flor veranista...

Ponto início

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Tudo muda tudo junto

Não ao viés! Fica leve
Traz o agora e se mude
Não confunda meus anseios
Que sem qualquer jeito
Não me meto a lhe aprazer

Se fico sério às vezes
É que assim me aquieto
Ante este conturbado coração
Tudo muda, mas tudo junto
Corpo, mente, sexo e razão

Não sobram dias que vivi
Tentando acordar pra sempre
Pois os sonhos estavam fortes
Assim como minha emoção
Ao ver que desisti, morri

Não ao invés disto ou daquilo!
Não quero ter que esquecer
E mudar daqui deste corpo
Fazendo jogo de cena como quer
Olhe em meus olhos... apenas isto!

Tudo muda tudo junto
Senão há um senão
Que mudança de meia água
É meia chuva com meio sol
E meu corpo não é meio

Não ao viés! Fique sério
Não se mova não remova
Os pingos felizes que pontuam
Todos os dias, na mudança
Os diários que escrevi...

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Futuro

A viagem é longa
Mas não meça seus passos
Deixe seu caminho à mostra
Mas não deixe que caminhem por você

A viagem é tensa
Mas não se esqueça do encalço
Aquele que liberta
E não se desfaça das lembranças

Um dia olhar irá
Para os frutos que tiverdes
Deixe que saibam dos seus dias
Nenhuma colheita é feita sem na terra pisar