domingo, 21 de dezembro de 2008

Ah... estes olhos...

Um dia era preciso saber e deixar rolar
O amor que ora indeciso fez-se notar
Não é preciso, pois, que se faça nascer
Um sol tamanho se confundindo ao ser
Por que tudo é manha... socorro
Nem que se faça um dia... seu final esporro

Por não deixar seu coração em paz, sua vida sã
Por não deixar algo acontecer... você se esconde
Por detrás deste sorriso doce... discreto e sensato
Tem a fronte tão suave, incógnita, desejável!

Por onde vou nesta noite? É dia ainda... e só
Na esquina da cidade tem o que agrada a ambos...
Um doce molhado, uma ligação tão simples...
Foi um rock desbocado naquele dia, foi o fim?
Uma dúzia e meia de dúvidas e o mate na boca...
Foi a cólera, palavras ditas afoitas, porque era preciso saber!

E agora o livro que escrevo está parado... na moita do tempo
Vai devagar se mostrando ao mundo, mas ainda escondido
Divagando um poeta meio vivo meio cego meio tudo e muito nada
Na escapada do futuro um algo muito maior que o hoje vai brilhar!
Na luz escura da noite, que não virá em vão... talvez seu corpo
Sendo tateado e lábios sendo sugados com voracidade e amor...

É assim que se vai levando... vivendo... sem vida, atrás de vida
É assim que vamos viVendo tudo que agRada(r) na área
Os olhos! Ah... estes olhos...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Disperto

Muitas palavras... muitas mesmo...
Caindo do alto! Daqui deste lado

Meu coração caindo junto... minha vida
O que me traz a este lado, nesta sombra...

Nesta penumbra chamada coração
E que abriga um incerto amor!

O tempo... o que é?
Uma cifra de música? Qual? Dúvida?

Voe! Voe agora e regresse tão logo se sinta bem
Tão logo não se importe... com ninguém

Quer ir pra longe... vamos...
Pras nuvens... o futuro é grandioso demais!

Para nos atermos a isto... ou aquilo... ou a ele...
Pra onde? Diga!

Só não quero ficar aqui parado na praia... vendo o sol
Sozinho sem o despertar verdadeiro...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Voe!

Voe! Voe como voam pássaros despretenciosos
E chegará ao pico daquela montanha
Sã e salva... para sentir a brisa do mar...

Voe! Como se nunca tivesse sabido voar,
Como o vento, que vem trazendo o perfume
Que toca nosso corpo sem frescura, com paixão
Sem a presença dos olhos do tempo e da razão

Voe! Com o coração, remindo os ventos,
Sem a mesma razão descabida e desnexa...
... que teria se pensasse que sou errado, vil
Sem qual força não olharia em seus olhos e pensaria...

Voe! Como se o amor, que vem lento, fosse ágil...
... o suficiente para lhe buscar hoje...
... o suficiente para entregar-me agora...