sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Leituras

Que a saudade do medo que tenho
Se vá com o suspiro que você me dá
De quando me viu, de quando me foi
A saudade que tenho do medo que fui

Que a verdade imposta a você seja sim
O ir a algum lugar onde não estou
Por que a lua se vê sozinho assim
Com a saudade do peito que temo

Que mesmo estranho me receba bem
Que quando chegar não direi palavras
O medo de tudo que tem em mente, me trava

Que pra esta alma o presente é não estar
Até que leia as palavras que cravadas estão
Na lua que insiste em sozinha olhar

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Saudade

Contínuo em meus sonhos
Continuo em meus braços
Cada trecho da minha alma
Que se perde com o coração
Nos olhos cravados no peito
Pedaço de uma intensa oração

Tendo o pássaro alçado vôo
Levando consigo um pedaço
Do vento que me trouxe
A leveza do seu perfume
Levou consigo também
Todo o intento do que pude

Contínuo em meus sonhos
Continuo em seus braços
Levado como um furacão
Para o berço de onde nasce
Um inquieto e tenso coração
Tomado por uma imensa saudade

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Minha dose diária de você

Minha dose diária de você
Consegui nestes dias
Foram dias de lua
Vendo a terra girar devagar
Minha dose diária de migalhas
Esperando o sol sair
Mas apenas o som ouvia
Mas era bom, era primavera
Alguns sentidos não fazem sentido
Fazem uma mistura na alma
Jogam meu coração do alto a baixo
Qual sentido precisa fazer sentido
Senão sentir por um momento
A paz que teria, ao seu lado conseguido