segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vazio tempo

Vazio tempo, solidão... não entendo
Dias remorsos, amores esparsos
Do lado de cá uns olhos, perdidos no vento
Caminhos sem rumo, luz sem brilho... vaidade

Vazio tempo, nossa casa fechada
Frio alento, carícias esquecidas, calado me sento
É hora de ir? Pra onde? Cansado me deito
O sonho é estranho... me leva pro fundo... do mar

Os peixes sorriem! Vazio tempo que a água me esfria
Consumo uns trapos, uns caminhos medíocres
Você vem longe, caminhamos distantes...
Por quanto tempo? Quando chega novamente?

Sozinho desabo, sem o rebento que me anima!
Me perco, procuro, mas é triste... não me acho
Calo, e tento, mas encanto não há

Onde fomos perdidos e quem tem o direito
De nos encaminhar, de nos incitar...
Quero apenas aqui ficar, esperando... sua volta

Vazio tempo, noite escura
Esperando...
Vazio tempo, pensando na sua
Amando em silêncio, pensando na sua
Vivendo em silêncio, esperando a vida sua...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O que que há que há aqui que não há aí?

O que há de bom num olhar
Sua capacidade de nos derreter
Ou de levar-nos a um céu
Escuro céu? Ou claro só...

O que há de mal numa boca
Sua capacidade de nos embalar
Ou de levar-nos ao mar
Agitado mar? Ou calmaria só...

O quê que há que há aqui que não há aí?
Mete-se no meio de tudo quanto é jeito
Belo jeito de me deixar em dúvidas...

Pelas ruas há o que chamam dor...
Há gente querendo gente, prover a dor
Há gente querendo paz... provêm a paz?