quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Costumaz

Costumava lhe ver distante
Costumaz e perdido, errante
A pincelada em sua pele
Os olhos deveras minguantes
Emprestados da lua
Raptados do tempo
Sem fúria, sem ais

Costumava lhe amar sempre
Hoje o sempre se tornou tempo
E a lua que brilha distante
Guardou seu coração neste tempo
No cofre vindo do sol
Trancou-se de mim
Com fúria, cheia de ais

E eu que costumava lhe dizer
Poesia em forma de sons
Tristeza em forma de sorriso

E você que costumava se esconder
Poesia em forma de dor
Felicidade feita do seu calor