sábado, 30 de junho de 2012

Mara!

Esperanças... perdidas:
São a bonança do que busco
Avança em mim!
Dança... em meio à esta lambança

Qual festança
Poderia gerar esta criança
O poeta
Quanto mais cai mais alcança

Sua garganta... como uma gansa
Mansa em meio aos cabelos
Mais exatos ao meandros
Sua ínfima trança, amor

Esta triste pujança
Remediando sua pança
Lança seu amor!
Não! Cansa... quero descansar também...

Ninguém

Ninguém aqui
Minhas batidas soltas
Onde acho?
Meu amor... minha vida

Ninguém aqui
Não pediram
Meu amor
Minha vida... vinda

Muito prazer
Foi o que ouvi
Mas nada
Nada que pudesse me fazer

Fazer estornar os dias
Os sóis
Apenas quero
Ir à praia

Esperar que você apareça
Assim do nada
Sem nada na mente
Sem nada demente
Eu aqui... ninguém ali
Ninguém aqui... apenas o mar
Apenas o mar...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

OnDaS

OlHo SuA fAcE e PeNsO nO sOl
InEvItÁvEl...
NãO pArO uM sÓ sEgUnDo
PoR qUê? LiNdA mEnTe... InSaNo CoRpO

Lá E cÁ sEu PeRfUmE... qUaL sAbOr TeRá?
Vá E mE rEsPoNdA,
NãO hEsItE
EnCaIxE-sE

Lá E cÁ nEsTe ImEnSo CoRaÇãO
QuErEnDo BeIjO
NãO eNcAiXe
HeSiTe, mAs Vá

OlHo SuA fAcE e PeNsO nO sOl
CoMo EsTaRá O mAr
AgItAdO?
CaLmO aQuI...

As OnDaS rEbEnTaNdO
AqUi E lÁ
A fAcE... o CoRpO, a MãO
OnDaS qUe Me LeVaM

quarta-feira, 27 de junho de 2012

O início

Começando pelo inicio
Onde o coral se abre sob o sol
Deixa seu resquício
Do que um dia fora no atol

Começando daqui, o nascimento
Momentos moldados a lápis
Onde esta a caneta para finalizar?
O rascunho já esta pronto!

Começando pelo início
Sua face beijar
Meu coração atenuar
O amor finalmente dá indícios

De que pode realmente nascer
Sem deixar nada para trás
Nem mesmo este início namorar
Nem mesmo esta vida a pelejar

Começando pelo início
Mas algo ainda vem amedrontar
As vistas que teimo em carregar
O amor finalmente dá indícios

De que pode enfim florescer
Nesta vida errante a carregar
O fardo pesado deste farto passado
Enfim nascer... enfim morrer


terça-feira, 26 de junho de 2012

Não sim talvez quase quase

Sobe e desce para e corre
Não fica... fico
Desenrola deixa e surta
Não fico... fica

Cala calo ouça entenda
Não posso, mas vou fico
Pairo esqueço sob o sol
Suas madeixas esvoam-se

Para paro o carro quase
Passou-lhe por cima escuto
Junto aqui de noite abraços
Onde qual como e quando

Não sim talvez quase quase
Assim meio mudo meio surdo
Vida sentida faro calejado
Você me amedronta cale-se

Cálice talvez bom vinho
Medo fúria amor dúvida
Não sim talvez quase quase
Assim louco, você louca
Não sim talvez quase quase

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Dia após dia

Dia após dia
Noite após noite
Sua aura me calhando
Neste mar, observando
Os barcos que vem e vão
Dia após dia
Noite após noite
Esta lua lá no alto
O mar tranquilo indo
O mar tranquilo vindo
O barcos que vem e vão

Os peixes frescos desembarcando
Minha vontade crescendo sem limites
Dia após dia
Meu coração dado ao mar
Noite após noite
Minha vida a velejar
Quando todos não esperam
Aparecem...
Trazendo notícias
Trazendo a pele dourada

Dia após dia
No mar a pescar
Trazendo alimentos vivos
Noites pensando
Na menina na cama
Ficou lá pensando
Na ilha agora deve estar
A lua como irmã
Sóis ventilando esperança
Dia após dia
Neste imenso mar
A navegar...

domingo, 24 de junho de 2012

O palhaço

Ele sai assim meio de lado
Quando ameaça ser sério, cai
Riem, mas é sério, ele caiu
Poeta, palhaço, feito de traços

Ele sai assim meio para o lado
Estranham, quando ameaça
Acreditam? Palhaço, verdade
Poeta, louco, palhaço

Ele anda assim meio sem rumo
Ameaça amar, mas fica
No semáforo, observando
Os poetas, de latas, com birras

O quê? Palhaço...
Estranho, calo e sigo
Riem, encantam-se, mas nada
São palhaços, não acreditam...

Sinto sua falta


Eu posso sentir os ventos
Quando eu olho pro céu
E eu sinto suas palavras más
Mas eu sinto sua falta

Qual razão
Quando olhou aqui
Sentiu assim? Mal
Sinto sua inexistência

Eu posso sentir a brisa
Quando diante do mar
Minha raquete ali encostada
Meu corpo na razão

Consigo sentir o sal
Quando meu corpo nu
Banha-se neste mar
Águas do sul, da ilha


Eu posso sentir os ventos
Quando eu olho pro céu
E eu sinto suas palavras más
Mas eu sinto sua falta


Mil ruas

Cada traço das ruas
Das raças que habitam
Cada canto desta terra
Ressoam práticas boas
Mas ecoam destruídos
Mandam tirar do indigno o pão
Mas comem a carne apodrecida

Cada traço que habita
As raças das mil ruas
Nesta cidade morna
Nestes cantos esquecidos
Minh'alma esquecida
Não habita sequer o corpo
Esquece-se daquela ida

Nestas veredas amarelas
Uns olhos bem metidos
Na lã esconde-se do frio
E eu que de tão vil
Não me esquento e você passa
Pra cá e pra lá
Passando despercebida

Nesta rua, mil ruas

Ressoam práticas boas
Mas ecoam destruídos
Mandam tirar do indigno o pão
Mas comem a carne apodrecida
Aqui pereço, aqui padeço
Não revejo seu amor, esquecida...


sábado, 23 de junho de 2012

Espero pela poesia

Espero pela poesia como a uma faca
Que ela rasgue minha carne e jorre
Toda a sua fúria sobre minhas mãos
Que me engula como a uma onça
Faminta por carne fresca e por vivacidade

Espero pela poesia como a um vulcão
Cada dia mais ativo e imprevisível
Detonando minha perspicácia segura
Não dando chances para saber onde
Devo esconder estas verdades mentirosas

Espero pelas palavras escritas
Com o peito aberto conjeturando
Cada medida impensada e crua
Ainda sem a seiva do intenso
Do amor faminto e quente

Espero pela poesia como a um jaguar
Rasteiro, ligeiro, mas magnífico!
Escrevendo seu roteiro de medo
Roteiro de caçadas intermináveis
Gerando pra si forças intrínsecas da carne

Espero pela poesia
Como ela espera de mim
Confissões sobre a morte
Que não da alma e do corpo
Mas das letras em si, sobrepujadas


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Palavras mudas

Fora de alcance
Distante
A luz na face
Brilhante

Alguns metros longe
Distante
Uma vida distinta
Errante

Dias doentes
Buscando
O quê, qual, onde
Incógnitos

Qual dia posso
Ver
Verdes mares ao lado
Seu

Nuns dias cala-se
Por quê?
Noutros parece tão perto
E longe

Quais palavras posso
Usar
Quais sensações devo
Reter

O coração é um demente
Intempestuoso
Mas o amor é suave, porém
Mudo

Palavras são mudas quando sem
Sentido
Eu sou inconsistente quando sem
Direção...



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Novo...

Fui despretensioso, mas seu perfume
Ao passar e ceder-me o rosto
Fez-me ter a certeza que as flores
Ainda estão ali... perfumando

Fui sem saber o que haveria, mas
Quando dei por mim algo já acontecera
Meu coração... palpitando
Como nunca dera sinais, nunca sentira

Olhei em volta... a lua mais branda
Os pássaros em minha mente
Alçando vôos mais altos
Mais certos desta vez... sem quebras

Sem desprezos que maltratam
Sem julgamentos que retratam
A falta de sensibilidade
O amor que nunca rege
Não é amor
Mas uma comoda forma de viver...

Olhei em volta
Segui em frente
Estamos quase lá
O mar revolto deu-me seu barulho
Meus acordes ouviram
Aqui nasci... aqui quero morrer...

Quando digo

Nas ruas alastram maldades
De noite jorram palavras
Que não dizem nada

Nas ruas correm feito loucos
De dia ameaçam as crianças
Que não dizem nada

Nas ruas protestam por nada
Na cama aquietam gemendo
Depois não dizem nada

Você anda pelas ruas invisível
De noite não sinto seu perfume
Suas crianças o que dizem?

Nas ruas não vejo meus passos
Você passa, eu passo
Nenhum de nós ainda dissemos nada

terça-feira, 19 de junho de 2012

Amor ácido

Eu gostaria de ter apenas um motivo para insistir
Enquanto tenho mil para me afastar
Este seu amor ácido está minando meu ser
Não consigo entender por onde você anda

Eu gostaria de ter apenas um motivo para viver
Assim como tenho dez para trazer à vida
Este meu amor guardado revigorando meu ser
Não posso entender como pude caminhar

Eu gostaria de ter este mesmo motivo
Que quando me deito me assombra
Que quando acordo me aquieta
Não entendo as canções e seus poemas

Este amor ácido
Triunfando diariamente
Resistindo não sei porquê
Trafegando livremente como um pássaro

Este amor ácido enfim
Que descansa vitorioso aqui
Dez motivos tem para se instalar
Mas apenas um... para de vez escapar...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tempestade

Noites em claro como a de ontem
Dias a fio esperando, mas o tempo
A tempestade aqui dentro e o céu
Tão denso quanto nebuloso em fúria

Dias mais intensos, claros não
A tempestade se aproxima
Meu coração ainda sem razão
A emoção na frente, na cabeça

Noites de ontem, quando tudo
Foi embora como se nada
Pudesse quebrar estes dias
Em que penso, apenas penso

Em você, mas em nada ao mesmo
Tempo frio, tempestade quente
Mais suave que brisa ao mar
Quando não quero mais voltar

domingo, 17 de junho de 2012

Meu amor agora

Tocar-lhe
Amar-lhe
Ver-lhe

Tocar-te
Amar-te
Ou a qualquer lugar

Amar-lhe
Tocar-te
Ver-te

Amar-te
Tocar-lhe
Toques sutis

Ver-lhe
Tocar-te
Onde esta?

Ver-te
Amar-te
Pode ser aqui

Venha
Vou
Aqui estamos

Vou
Venha
Estamos a começar

Venha, vou!
Fica, fico!
Desperte! Amo agora...

sábado, 16 de junho de 2012

Quer-me

Estava a respirar
Algo me veio
Lembrei-me
Seu olhar
Naquele instante
Naquela rua
Dediquei-lhe
Uma música a saber
Verdade verdade
Ei você
Anjo do meu
Do meu pesadelo
Por onde anda?
Com quem se deita?
Quer-me?
Mereço?

Estava a respirar
Lembrei-me disto
Daquilo... vontade
De beijar-lhe
Amar como antes
Apenas estar aí
Aqui também
Este corpo desejo
Esta lua
Quer-me?
Mereço?
Às vezes quero
Estar aí...
Por que faltou...
Seria o beijo
E fim...

Vem! Anjo da noite
Vem! Deita-se aqui
E aquieta meu coração
Traz-me sua canção...


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Vastos campos de palavras

Vastos campos de palavras
Não suprem as idéias
Os atos impensados
Das conversas insensatas

Vastos campos de palavras
Conduzem um coração
Mas são insuficientes
Para trazer-me realmente
Ao que sou, ao que quero

Vastos campos de palavras
Minam minhas intenções
Queria um beijo somente
E partir sem deixar rastros

Vastos campos de palavras
Trazem esta força
Conduzida na ponta dos dedos
Fazendo estragos  em vida

Fossem como um campo de flores
Alguém passaria, beijaria a pétala
E seguiria em direção ao sol
Ao poente descansar em paz
Com a lembrança suave da flor

Vastos campos de palavras
São faltantes para as idéias
Viver ou amar? Correr ou ficar?
Inúteis estas palavras vis...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Encontros

Durantes as tardes observo as pessoas
Onde estará sua face, o sorriso
Durantes estas tardes apenas entendo
A distância entre o sorriso e as pessoas
Não percebo ali no meio sua luz
Passo despercebido por sua vida

Durantes as tardes, nos poucos minutos
Atravessando as paredes
Procuro por algo inconsistente
Durante as tardes, dentre muitos
Atravesso sorrateiro pela terra
Seus olhos não vejo, sua boca

Às vezes nestas tardes são alguns segundos
Seu corpo passando, seu perfume no ar
Meu coração se estranhando
Não entendo onde isto estava
Esta tarde remexendo inquieta
Este peito adormecido...

Às vezes nestas tardes seus olhos se erguem
Me aparecem meio confusos
O sorriso, o perfume... alguém me cutuca
Vamos embora! Lembro-me de regressar
Onde estará amanhã?
Aqui?

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Começa o início

Começa o início... eu completo sua ânsia
De viver, amar, rezar, cantarolar
Não posso sozinho desviar este curso
Da vida, do ser, de ser, amar

Começa o início... seguirei você
Na vida, em tudo, neste canto
Não consigo sozinho desviar
Da vida, do ser, de ser, amar

Começa desde o princípio
Neste vilarejo, neste cantinho
Não posso sozinho, queria,
Mas não consigo, falta o ser

Começa o início desde agora!
Neste vilarejo, nestes caminhos
Cruzados caminhos sem acaso
Sem amor, mas com amor, com ser

Começa assim o início, já!
Quero sim este beijo, luz
O que há? O início... verdadeiro
Caminhos cruzados, noites a vir...
Da vida, do ser, de ser, amar

terça-feira, 12 de junho de 2012

Querer

Queria ter algo que continuasse
Não algo que sempre começa
O sol não para de brilhar
Nem a lua com seu brilho cessa

Queria algo que pudesse eternizar
Este coração sedento
Não algo que pudesse quebrar
Esta visão ao relento

Nos dias mais tristes, noites sós
Queria algo no que acreditar
Não os dizeres quando tento
Somente a mim, impressionar

Queria algo que continuasse
Até os dias mais longínquos
Quando da terra não nos separaremos
São os fins que não justificam os meios

Queria algo para sempre
Como as estrelas desde pequeno
Brilhando nos dias mais solitários
Não aquela cadente, veloz e finda

Queria as palavras mais verdadeiras
Dos cantos mais pesados desta dor
O sol brilhando cada dia mais quente
Mais confortante para este inexistente amor

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Na verdade a mentira

Na verdade não quero nada além de mim
Nada que vá além, não o que vem de mim
Nada que pareça mais certo, mas errado em mim
Nada que pereça errado, certo estar assim

Na verdade não preciso de nada além de você
Nada que venha além, não o que há em você
Nada que pareça estar certo, o que há em você?
Nada  me parece certo, errado estar assim

Na verdade pode não haver verdade assim
Nada que possa nos tanger com isto de nós
Nada que venha errado que não fique mais certo
Nada que de certo não pareça estar errado em nós

Na verdade tudo parece mentira
Nada que algumas palavras não tinjam
Nada que as cores não deem jeito
Nada que na verdade não pareça mentira

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ao som de blues

Olhos inocentes procurando o que desejar

Algum dia

Alguns dias são tão nebulosos
Como esta chuva de fim de tarde
Não sabemos ao certo o que virá
Amanhã pode ser o sol ou nuvens
Trazendo ainda esta indecisão

Alguns dias são mais verdadeiros
Ou não revelam nada
Ainda que tudo aqui possa valer
Seu beijo distante, sua vida
Mais ainda estas luas sombrias

Alguns dias penso em você
Noutros nem tanto, mas quero
Saber que posso dever-lhe
Respeito pelo que merece
Respeito por sua decisão

Alguns dias enquanto penso em você
Penso em como seria bom
Acordar ao seu lado
Bom dia! Diria... feliz com a escolha
Bom dia! Até mais diria... logo mais tarde

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sob os óculos

Qual atenção precisa
Qual coração almeja
Qual canção escuta
Qual verdade esbraveja?

Qual decisão precisa
Para que seja feliz
Sob os óculos os olhos
Na face o sorriso despeja!

Qual menção para buscar
Meu coração se não posso mudar
Deste lado onde me canso
Desta busca onde não me acho

Qual nuvem olhava
No que pensava
Onde mirava a aura
Quero explodir ali

Onde nada parece certo
Onde tudo me acalma
Neste triste relento
Neste feliz pensamento

terça-feira, 5 de junho de 2012

Escritas

Às vezes o que escrevo me corrompe pelo que não sou
Atravessa esta crosta de pele e demonstra onde não estou
Nem por isso desejaria ali estar
Mas é que quando os dedos saltam não sou eu, mas

Alguém que não conheço... o poeta

Às vezes minhas palavras saltam sem motivo
Traduzem um ser mesquinho, mas íntegro
Não que seja eu, 'és tu poeta!'
Mas é que quando me sento sai assim, mas

Alguém que não conheço me toma... o poeta

Às vezes não quero expressar assim, mas
O que vem a seguir pode parecer muitas coisas
Nem por isso queria estar ali
E assim quando os dedos saltam é 'tu oh poeta!'

Alguém que não conheço, trazendo-me consigo...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Coração que há de vir

Amanhã o que vem
Outro coração errante
Ou uma vida segura
Amor, mas vacilante

Amanhã o que ecoa?
Pelos cantos deste vazio
Pelos vales mais quentes
Nas beiras deste rio

As águas vão correndo
Quais se encaminham?
Pelas veias desta aura
Até o mar onde se banham....

Amanhã o que vem?
A verdade nua e crua
Ou este apelo à paciência
Um coração mais que vivo

Amanhã pode ser mais
Do que mornas manhãs
Mais que suas manhas
Esta barganha do sorrir

Amanhã será mais?
Do que verdes avisos
Restos de uns risos
Coração que há de vir...

sábado, 2 de junho de 2012

Retorno

Quando você chega?
Foram tantas e tantas luas
Meus olhos procurando
Seu corpo na praia...

Quando você pisca?
Os olhos miúdos,
A face branda e quente
Suas mãos... onde?

O perfume da flor
Mais quieta do jardim
Tanto estranha quanto desejada
Frente ao animal selvagem

Os cabelos presos
Os olhos atentos...
Quando você vem?
Com o pescoço desejável...

Quando você pisca
No dia certo, a revelação
O seu coração aflito
Mais brilho que verdade

Quando você chega?
Meus olhos não lhe alcançam
Quando é quando?
Se daqui não me entendem...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quem

Quem consegue controlar
O coração verde
A alma imprudente
O cheiro do beijo?

Quem consegue ver
O corpo quente
As mãos sedentas
Amor eterno amor

Quem pode me dizer
O que fazer
Se ela foi pra longe
Aqui fiquei frio...

Quem pode exaurir
A força das lutas
Do poeta que dança
Da verdade que encanta

Quem quem quem
Se aqui pensamos
Sim sim sim
Por que nada acontece, não

Quem pode explicar
O coração disperso
A vida incontrolável
Os vícios do novo