quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Na imensidão do mar

Os braços grudados, entrelaçados nos meus
A cabeça recostada, fugindo do frio, em meus ombros
A boca escondida, os olhos fitando o chão, a grama
Os passos largos, afoitos, querendo chegar em casa
Assim fomos pernoitando, suando a alma, o sentido
Na beirada da cama parou vendo os quadros, dormiu
De olhos abertos, de alma despojada, com o coração quente
As mãos por entre as pernas, e estas entreabertas
Meus dedos percorri lentamente os cabelos frios
Escureceu, o zunido do vento sobreveio aos pássaros
Às borboletas do seu estomago valeram as investidas
Da noite intensa... das palavras insentidas e não entendidas
Lembro-me dos cabelos frios, acalentando a faca dos meus sentidos
Sua tão suave máquina, seu corpo, tão doce, perfeição...
Nas nuvens tão suada vida, olores, das noites sãs
Num minuto tão quentes palavras, não as ouço, durmo...
Anoiteço e me esqueço... é hora de voltar, ver estrelas
Procurar meus olhos na imensidão do mar...

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