quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mensageiro dos Ventos

Cinco dedos em minhas mãos...
Cada um uma certeza
Para cada qual uma função
As direções que percorrem os ventos
A mão fechada... ansiedade...
A mão aberta... até logo!
Numa roda gigante fabricada pelas mãos
O anúncio dos ventos que estão próximos...
Mudanças
Um jeito tímido de mostrar a andança
Pro lado que se vai longe...
As cores com que pronunciou seu coração
Em cada traço dos passos que sondou
Em cada pingo de cola que soldou
Cada peça de enlaço... de regaço
Ali pendurado meio sem vida
Um dia parado... rescaldo do verão que já ficou
Ali pendurado servindo de vida
Pra casa que ora só se deita em sono
Pro véu que ora sem dó lhe apurrinha
Com respaldos das vidas alheias... das rãs
Que ao fazerem suspirar as mazelas do dia findo!
Acordam sua noite pro sol nos olhos a procurar
O que se foi... o que não está mais
O que fora bem verdade... uma passagem sem fim...
Pra vida que se acende e apaga num instante
Pros cinco dedos em sua mão! A esquerda
Vazia e fria a soluçar a noite inteira a teia
Da vida entremeada... do incerto entrecortado
Dos mistérios mal contados, que rondam meu coração...

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