quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Rupturas Suturais

Do dia em visita, longe de casa... sedento... em silêncio
Um dia, uma noite... insana noite... sonho em disfunção
A janta de curvas... o melão no copo, um olhar, imensidão
As rupturas do real, do que foi o passado e são presente
Palavras que não disse... guardei-as a fundo, neste mar solidão
No quarto o olor da fumaça de vidro, impregnado no túnel
Mesclado ao cheiro que sua face exalava... eu olhava pela janela
Via a lua, também sutural, me remetendo às mechas úmidas de seu cabelo
Via o céu crispo! Fechava os olhos e imaginava... lábios sedosos
Imputando contra minha boca seu néctar fluvial, doce!
Rupturas dentro de mim... fazendo-me pensar em nada além da noite
Rupturas suturais que me levam longe neste mar
Que desejo sempre e nunca mais voltar
Por que de seus olhos escapam este desejo de me matar...
Pôr-me à prova sobre seu corpo imerso em lírios
Para sentir-me quente querendo lhe amar...

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