segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O querer

O querer impõe limites à minha vida
Que tal e qual me levam à beira do céu
às vezes me levam ao inferno...
É que quando passo por portas fechadas
Sem abri-las e trinchá-las
Somente consigo ver o que o querer anseia
A beleza estampada num desejo ardente
De cores e formas suturais que encanta
Querer lhe ver para amortecer
O que me eleva no vinco úmico
Da sua leve e suave abertura de cismos

O querer demasia minha luz
Deixa minha vida no escuro e some
Me deixa sem vontade e sem perdão
Olha-se de cima e ferve como água
Que se esvai num solitário jalão
Sua vida, minha loucura... minha solidão
Nesta crua e inóspita carne e coração
Que já se abala com o vento, com a força
De tudo que me faz sentir esta paixão...

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