Dos dias guardo as tardes
À beira da água guardo cores
Do fundo da alma, as flores
No canto do seu quarto, um retrato
Das noites guardo o barulho
Do silêncio, sua calma
Sua cama, fria e esquecida
No meu canto, guardo as vozes
Esquecido por palavras desconexas
Quase morro quando lhe beijo
Um pedaço de mim se vai junto
Com seu adeus tão derradeiro
Se me esqueço logo me lembro
Não à toa vejo as ondas do mar
Por que era mais fácil naquele tempo
Em que vivia apenas para lhe amar
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