terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Para escrever

Para escrever nada basta fechar os olhos
Para estar perdido basta esquecer olhares
Para querer perder os dias basta fechar-me
Para estar com você basta voar

Para fechar a porta basta uma briga
Para acelerar o carro basta-me os pés
Para chegar sem ir basta que você venha
Para você vir basta que eu seja eu

Para escrever nada basta que pare aqui
Mas teimoso como o sol pela manhã
Temendo ficar meses sem este chão

Queimando a alma estes revezes, não são opção
Corro feito louco para estar assim diante
Do que chama de uma eterna paixão

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