terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Não há

Não há em mim, outro eu
Quanto mais me transformo
Mais eu me torno eu
Louco, distante, amável

Não há em mim outro ser
Quanto mais busco em ti
Mais eu me perco aqui
Longe, minguante, quieto

Há o que, senão palavras
Misturadas a um jardim
Que sem perfume me atraem

Distante na tela brilhante
Os dedos trabalham incansáveis
Nos olhos não há outro alguém

2 comentários:

Unknown disse...

Linda demais! Sabe que, me identifiquei com esse poema?! Enquando lia, aconteceu uma viagem pra dentro do meu e, senti um certo alívio.... Senti que não estou sozinha.... Que incrível!!! Poemas e poesias repletos de magia! Pra você, o meu aplauso, querido poeta... Abração!!! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

Unknown disse...

meu eu*