quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Deitou-se no chão

Olhou-te com afinco e sumiu
Nos caminhos obtusos e claros
Nas inverdades onde cravas teu ser
Não suprimido do ódio clássico
Deitou-se no chão, deitou-se e dormiu...

As batidas no peito que urge amor
Estão cada vez mais distantes, mas a luz
A ofuscar os olhos, donos deste peito
Ficam variando sua felicidade, dor
Deitou-se no chão, aquietou-se e sumiu...

De onde emerge teu sorriso, flores nascem
Se noutro perfume meus sentidos patinam
No teu, ora incógnito, põe bandeira e fica
A desdenhar da realidade que consome
As palavras que outrora eram sinais

Que se pudesse ouvir os gritos
Que de minhas palavras escuto
Entenderias quais sentimentos imprimo
Na face de um entremeio de linhas
Tortas linhas, imagens imperfeitas
De um amor imerso em ar rarefeito





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