terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Culpa

As ondas do som subindo e descendo
A raiva estampada em sua gentileza
Como se houvesse culpa em meus olhos
Como se cego fosse, e com um coração vil

As ondas no peito deixando a areia da praia
Da sombra vermelha de sua boca, olhos fortes
Como se cego não visse o navio partir
Levando sua lembrança da mente mar adentro

Segunda-feira o corpo eletrizou a alma
Mas a guerra travada pelas roupas sujas
Fez-se mais importante que a limpeza
Por que me preocupo, se é inocente?

As ondas do som misturadas à raiva
Que estampada em seu semblante expelia
Venha e deite-se,  misture sua raiva à merda
E beije esta boca que lhe estampa, mente

Basta ver que na rua não falam mais de si
Basta ver que os poetas estão sumindo
Basta ver que os dias estão mais curtos
Basta ver que a raiva não lhe leva a nada

As ondas do som subindo e descendo
A raiva estampada em sua gentileza
Como se houvesse culpa em meus olhos
Como se houvesse culpa em meus olhos

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