segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um segundo

Por um segundo contar as horas
Do tempo que lhe leva só
Como que num barco navegante
Pintando de colorido a alma deste poeta
Sangrando mar adentro no horizonte

Por um segundo as horas contar
Do tempo que lhe leva num instante
Distante daqui de minhas palavras
Sua imagem distorcida em minha mente
Mas ainda sim viva e pulsante

Quanto tempo demora um tempo
Quantos segundos os olhos nus
Sem a certeza de que lhe quero
Fico à espreita do coração
Pra sempre prostrado em sua alma

Por um segundo somente o seu sorriso
Na mesa com orgulho alheio
Mas durou menos que a reação
Do açúcar no café... dissolvido
Não separa mais, apenas se bebe...

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