Face de anjo, jeito de gente, corpo doce
Nos olhos, meigos olhos, fome
Devora a alma alheia sem pudor
Traz no perfume seco, da flor o olor
Face de gente, jeito de anjo, corpo treme
No olhar o que há senão desejo
Devora uns olhos metidos neste corpo
Se vira, se vai, me destrói
Nos olhos um jeito de desencanto
Nas vezes em que reclama solidão
A percepção de mundo é crua, vil
Quando dorme, simples, suspira leve
O perfume do seu dormir é intenso
Faz-me um poeta cego pelo mundo
Sem chance de o travesseiro dividir
Face de anjo, boca de mulher, corpo...
Aiai... Qual sonho sonha quando sonha?
Nas vezes em que reclama a solidão
Qual corpo busca? Qual coração espera?
Diante do mar estava sentado, nada
Apenas a sombra de sua passagem...
Um comentário:
Maravilhosa!!! Perfeita...,adorei, deliciosa de ler! Parabéns poeta amigo!, Bjs
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