sexta-feira, 27 de março de 2015

Primavera

Na sala no canto estirado, largado calado
Os mosquitos revoando minha cabeça
Com os barulhos das asas sedentas de sangue
Na sala no canto resguardo, uns minutos...
... de olhos fechados...


Lá fora no vilarejo o ar parece limpo
Não há mosquitos zunindo em seu ouvido
E sem o barulho das asas sedentas de sangue
Você refaz o canto, tirado do resguardo...
... de olhos abertos...


Além das palavras que um pássaro canta
Surgem umas flores densas em suas cores
Peitos fortes com seus chapéus a colher frutos
A primavera que se avizinha, a árvore
Sempre crescendo, cada vez mais distante a atrair...
... uns olhos atentos...

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