quarta-feira, 14 de junho de 2017

Rua

Não me olho no espelho
Corro em direção oposta
Na contramão do tempo
Observo o que gosta
Falo do enrosco, torto
Não, não me olho
Sigo em direção contrária
A rua fica escura
E o buraco nítido

Não me olho no espelho
Vejo um velho poeta cego
Que quando vê uma estrela,
Brilha,
Corre para o outro lado
Segue o seco do rastro
Pela rua iluminada
A lua se cala e silencia
A noite que foi só...

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