terça-feira, 27 de junho de 2017

Paraíso

Por que você empreende fuga
Dos meus sentidos abertos
Meu peito quieto sussurra
Em sua saudade inquieta
Esconde o fogo sob a chuva
Mas ainda assim o fogo
Consumindo minha essência
Por que sua loucura perdura?

Não haveria confusão
Não fosse toda essa ilusão
Somos crias de dias estranhos
Feitos de pedra somos mutantes
Os pés alheios nos afrontam
Como fossemos sentimentais
Talvez apenas pessoas normais
Construindo alguma inteligência

Ao lado de palavras truncadas
Verdadeiros devaneios, dirá
Ainda que houvesse uma leve sensação
Que mostrasse enfim o que
De nós roubou sem perceber
Palavras de admiração, torpor
Que antes eram construídas
Hoje são traçadas num paraíso

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