sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O que vai

A fome da fome de você
Consumindo o lado amável
Desesperado em lhe ver
Consumir seu corpo, sentir
O que não se acha no chão
Mas nas nuvens, lúcido!

A fome da fome do coração
Difícil dizer no meio da noite
Quando não há espaço
Para palavras...
Qualquer palavra...
Consumir sua boca, doce boca

E sua fome a assuntar este ser
Que refeito pela manhã
Se cala, se trata, maltrata
Uma vida expandida pela dor
Mas retraída pelo olor
De sua própria fome de amor