segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O teu firmamento

E se a medida que trago for inexata
Com estes olhares que me queimam
Trazem um não sei o que de gota de paz
Por que tanta desmedida com as palavras
Se na medida tudo se acerta e cala

Foi, o que foi perdido desta vez?
Em meio a estes olhares de fogo
Trago dentro de mim a exatidão
Não mudo meu ser num segundo
Reajo tentando defender-me... Caio

E se a medida que trazes for inexata também
Já pensaste que podes ter uma colher menor?
Trazem até minha porta uma flor mudada
Que assim mesmo plantei, mas foi desnudada
Pois na medida da terra faltou água...

Fui, fui o que estava perdido desta vez
Em meio ao nada que formou as palavras
Que trouxeram à luz do dia minha alma
Reagindo tentando se firmar, firme, neste
Teu firmamento onde não consigo brilhar

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