quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Soneto ao inesperado

Umas palavras antigas largadas num papel
Alguns papéis amontoados num canto, cegos
Cegos se ninguém os ajuda a desvendar
Os mistérios que as frases podem conter

Qual viagem faria lendo sobre o que, se ali
Exposto nu, alcançasse seus olhos, sua mente
Tão diferente do que já buscou em frases
Em palavras que se amontoam nas estantes

Apostaria sua vida ao inesperado que são
Os capítulos que outrora foram uma nau
Navegando solitária sem ninguém o alcançar

Toda a sua ênfase em uma história marcada
Pelos dias de turbulência que trouxe à tona
Em um entremeado de aspas, sua história

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