quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Do cavalo das águas

E teu corpo, tua pele, teu colo
Escondido entre quadro paredes
Largado num canto, reluzente, sim
Emanas o cheiro de tua carência
Os seios expostos dizem o quê?
Senão a ternura de teu desejo

E teu corpo, tua face escondida
Sob a luz de outra luz que te retratas
Nesta ânsia de amor sempre querer
O corpo chama a chama deste ser
Que com palavras parece que labutas
Mais que a tudo, além de estremecer

E se a luz que parece se ascender
Acender a luz que parece enfim temer
Entendido estou que posso até andar
Por estes pixels e não mais me afrontar
Com o teu cheiro que vem me oferecer
Seu prato cheio, com o olhar deliciar

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