domingo, 7 de setembro de 2008

Luz dos meus cadernos

Outro dia e quem mais fria que a lua
Numa valia noutra foi feita, vendida!
Quisera ser liberto, feito estrela, feito o mar
Que como minh'alma caminha livre
Escreve como quer, a quem merece
Qualquer marisco, qualquer lula, e a toda lua
Nem se incomoda com o som da voz
De quem está encravado na falta
Do que se faz, se come, se envolve

Outro dia e mais a lua pra se ver
Como menção de luz... de noite
Que como a verdade que corrói a poesia
Transforma-a em seguidora da ilusão
A que penetra mansamente nos olhos
E dá-me uma ponta de luz
Para clarear as folhas dos meus cadernos...

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