terça-feira, 28 de julho de 2015

Da rua

E se possível fosse viver
Como vocês veem o mundo
Sem estas nuances tristes
Deste lado da rua.. fome

E se possível fosse querer
As mesmas coisas que têm
Sem malabarismos suados
Do outro lado da realidade

E se impossível é seu colo
Como meu corpo se eleva?
Do frio que vem mansinho
Nesta noite de barulhos vis

Qual mão terei pela manhã?
Estendendo o bom dia e café
Com um ligeiro adeus, até mais
Sem isto nada sou, sou barro

Sabe em qual dia não há solidão
No dia que a rua se enche de risos
Alheios risos que não são de mim
Se fossem seriam choros, amargos

E se possível fosse de vez crescer
Deixar para trás estas sujas mãos
Ver de novo minha vida alinhada
Cresceria em paz com meu coração

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