terça-feira, 26 de maio de 2015

Meio ser meio só

Na aura escondida tua face ludibria
Os dias do meio ser só meio de ser
Não há força que sustente a chuva
Quando as nuvens estão dispersas
Na aura escondida tua face contamina
Teu olhar esmaece através do espelho
Onde no fundo encontro os meus
Sérios olhos mirando minha solidão

Meio ser meio só no meio de um nó
Os dias do inteiro são águas rasas
Não há aura viva de onde voltei ontem
Que quando as nuvens se carregam, o céu
Ludibriado com tua embriagues de palavras
Se põe até mesmo sobre um arco íris
Mas no fim, o fundo, no pote, uns olhos
Mirando os olhos que carregam tua alma

Na aura escondida tua face contagia
Chegado um momento de qualquer dor
Meio ser que carrega demais
Meio só que vive de menos, 
E os olhos no espelho, as mãos sobre teclas
Nada... nada... nada...
Meio ser, meio só, meio eu, meio tu
Onde no fundo, enfim me encontro

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