quinta-feira, 8 de julho de 2021

Pelas ruas

Quem sou eu
Quando teus sonhos são uma ilusão distante?
Quando teu frio me machuca
Tuas roupas ralas me estremece
Quem sou eu diante dessa crueldade
Que tenho os olhos cerrados
Pela ignorância velada
Dos que te pisam e maltratam
Preciso dizer-te como reagir
Não, não há como
Talvez teus ouvidos já não operem
Os sons que jorram das ruas
Dos que te veem invisíveis
Não, não há talvez um meio
Enquanto estás no fim
No fim do brio que um dia tivestes
Quem sou eu diante desse descaso
Que não tenho mãos para estender
Nem pés para ir
Muito menos voz dentre os sussurros
Dos que deveriam fazer calor
E que de ti desdenham
Esse sou eu que com palavras talvez
Leve uma luz para quem tem poder

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