Vou nesta rua escura
Nenhuma bandeira
O vermelho do sangue índio
Ficou na amargura
Junto sangue, sonho, tortura
A mesma de antes dura
Vou nesta rua a sua
Que de bandeira não tem nada
Um amarelo aguado tentando
Explicar o que não se explica
A mesma penúria, se expurga
Tocam os sinos nas janelas
Comidas estão nos lixos
Enquanto batem as baquetas
Onde estão aquelas facetas?
Acabou passando o ônibus
Com a mulher trabalhadeira
Enquanto batiam as panelas
Ela perdia o seu passe, vida, futuro
E seu enlace...
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