quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Futuro

Vou nesta rua escura
Nenhuma bandeira
O vermelho do sangue índio
Ficou na amargura
Junto sangue, sonho, tortura
A mesma de antes dura

Vou nesta rua a sua
Que de bandeira não tem nada
Um amarelo aguado tentando
Explicar o que não se explica
A mesma penúria, se expurga

Tocam os sinos nas janelas
Comidas estão nos lixos
Enquanto batem as baquetas
Onde estão aquelas facetas?

Acabou passando o ônibus
Com a mulher trabalhadeira
Enquanto batiam as panelas
Ela perdia o seu passe, vida, futuro
E seu enlace...

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