segunda-feira, 23 de maio de 2016

Dias cinzentos

Vamos assim pela rua a desmonte
Removendo as pedras que atirarem primeiro
Não importa o ciclo que está chegando
Não. Não conseguirão ir lá muito longe
São uns pássaros sem devaneios, não são poetas

Vamos assim pôr um fim neste triste,
Porém preciso tempo, lavar a alma neste sangue
Da guerra travada sem ao menos darmos início
São tão envoltos em sujeiras que não enxergam
Onde está a pá da limpeza... O desinfetante

Vamos assim pela rua a desmonte
Assistindo as pedras rolarem nos holofotes
Deixa estar que os pássaros caem sozinhos
Quando é hora de molhar o bico
Vêm encardidos pela chuva ácida que os corrói

Vê aquela flâmula? Foi dada aos porcos
 Aos inocentes que gritaram por paz
Mas a paz começou com uma guerra
Tão ofuscada de nossa visão, que num salto
Gritaram: Fora ladrão! Enquanto estavam com ele



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