quarta-feira, 30 de abril de 2014

Acalanto

No frio, o banho e a cama quente
Na rua, a chuva e um descrente
Sob o teto, da TV reclama... bolsa
Carro, casa, novela... abismo

Na rua fecha os olhos... e amanhã?
Não sabe quem o acorda... quem passa
Quem passar primeiro... Imprestável!
Fácil julgarão, mas a cama é fria

No frio, o banho e as roupas
Sopa na mesa, novela na frente
No frio um corpo lhe aquece
Na alma do excluído, anoitece...

Pelas ruas silêncio, são quase três
Um carro quebrou o sinal, acordou
Pensou 'quem era?' Seu pai talvez
Não... não podia ser... Insistia

E da noite a lua ausente
Como seu corpo cansado
Sob o papelão da televisão
Produzida para gente...

Nenhum comentário: