segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vivo

Dentro do carro sob o sol e observando
A menina que passa pelo farol, despistando
Sabe que é, mas pensa que não sei
Que ei de sentir, como o louco Cazé

Só risos

Por dentro, por fora, pelo ar
Acalento, agora, esta falta do falar
Uma fina camada sussurra em meus ouvidos
Ela caminha e quase está na calçada

Se foi

Quase, caiu-lhe das mãos umas folhas
A buzina ouvi, gritaram-me aforras
'Lerdo! Que passa?' - se vissem o que vi
Morri, preso entre ferragens, mas passa

Acordo

O jeito tosco da cama e do teto
O leito morno , escurecido e quieto
A mãe do lado e o pai sisudo Carrancudo,
'Vivo!' - o doutor pressupõe...

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