quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Redundâncias

Quando acha que acha que já foi longe
Não sabe que sabe que não é nada
Pensa que pensa em mim com força
E esquece que me esquece sempre só

E se vive bem ou vive mal isto depende
Do que sinto quando não sinto nada
Olha pro lado do lado do sol ardente
Nada vê e se vê é o que chamo saudade

Os olhos são olhos de pescados
Encobertos de gelo do gelo que me queima
São assim figuras como os figuras da noite
Não sabem de nada e nada fazem, é fria

E quando me sinto assim me sinto estranho
Quero voar e o pouso é pouso na mata
No estranho lugar que é lugar de ninguém
São as palavras que fogem das palavras
São fins onde começam estas sensações

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