terça-feira, 11 de abril de 2017

Fortaleza

A fortaleza do meu corpo
Sob a força de um retalho
Emudece minha dignidade
Viés de um triste abraço
Não! Não sorrio fácil
Sua mão não é bem vinda
De seu pulmão nada quero

A sutileza do meu corpo
Somente a mim apraz
Não! Não quero sua atrevidez
Não tenho placa de sua
Meu espaço tem limite
Sou flor que perfuma
Mas assim murcho, amargo a rima

Não! Nunca mais grite
Não faça o que me aflige
Longe quero que fique
Sou flor solene deste mundo
Cercada em meu próprio jardim
Não lhe dei da porta a chave
Longe, bem longe deve ficar

A fortaleza que é meu corpo
Acompanha meus olhos
E eles focam outra direção
Não é o que visto, mas como sou
E longe assim deve ficar
Não! O direito não lhe dei
Fique longe de meu bem estar

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