Tem gente que some
Tem gente que escolhe
Uns esquivam da verdade
Outros são uns pobres covardes
Tem gente que escolhe
Uns esquivam da verdade
Outros são uns pobres covardes
Tem gente que velhinho encolhe
Tem gente que no estio dorme
Aqueles que correm pela forma
Outros que engordam pela boca
Tem gente que no estio dorme
Aqueles que correm pela forma
Outros que engordam pela boca
Numa mistura de cores gente nasce
Num dia cinza de luto outros dormem
Qual verdade absoluta guarda o Homem
Senão o sopro divino da desordem
Num dia cinza de luto outros dormem
Qual verdade absoluta guarda o Homem
Senão o sopro divino da desordem
Que numa terra lá muito distante
Quando nem um canto se ouvia
Da passarada em alvoroço daqui
Havia o grito de fome sem alarde
Quando nem um canto se ouvia
Da passarada em alvoroço daqui
Havia o grito de fome sem alarde
Uma gente, hoje odiada, ouviu o grito
Surdo, magro, em meio ao relinchar
Resolveu que gente que morre tem que ter dignidade
Trouxe a ira para a gente que fome não tem
Surdo, magro, em meio ao relinchar
Resolveu que gente que morre tem que ter dignidade
Trouxe a ira para a gente que fome não tem
Tem gente que não escolhe
Apenas aceita o trigo miserável que não tem
Tem gente que assim morria
Da fome, da desgraça que não lhe convém
Apenas aceita o trigo miserável que não tem
Tem gente que assim morria
Da fome, da desgraça que não lhe convém
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