quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Giro

Minha mão alcança o muro
Desenho seu nome com a faca
Com a faca que cortei minhas mãos
E me alçou no seu rastro...
Injusto seria se não amasse assim

Minha palma da mão tem seu rosto
Desenhado com a ilusão dos seus olhos
Pintados sobre uma tela escura
Sobre o que não me alcança, o muro
Onde sua casa se esconde, seu nome

Minhas pernas correm e se deparam
Com a falta de sentido dos seres desumanos
Onde está nossa garra e nosso coração
Endurecidos pela falta de abertura...
... o amor perdeu?

É que quando me dou conta giro
Giro e volto no tempo espaço
No momento em que fitava meus olhos
Me detonava sem que soltasse palavras, mas
Descarregou seu destino em minhas poesias...

É que assim, sem destino, sem palavras suas
Sobram estas alucinações desconexas
Sem sentido formando versos
Alçando minhas mãos ao muro e o peito
Envolto no coração... Gritando seu nome

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