terça-feira, 27 de novembro de 2012

Anda

Anda anda, tropeça em pedra
Calo, me calo, é calo nos pés
Anda, para, descança, ao viés
Fica, deita, acalme-se... esmera
Este amor, furor árduo do silêncio

Anda, cala, calo, caio
É calo nos pés, mãos
Pesada mão, sobre a areia
Anda! Mas fica... Não, fica!
Pesado ar, assim desmaio

Anda, tropeça e calça
Os sapatos brilhantes e fuja
Ainda que a noite não chega
Pois sob o sol vem o calo
Dos cabelos esbranquiçados

Anda, tropeça e voa!
Antes que venham os furacões
Calo, me calo, é calo no ser
Antes que morra por ver
O silêncio deste amanhacer

Nenhum comentário: