Talvez um dia
Ela volte a tocar algum ser
E ter
Seu lugar entre
Os corações amargos
Tristes fins
Que a jogaram no esquecimento
Mas tento
Poesia não tem seu lugar
No dia a dia
Hoje é tudo muito fulgaz
Com sentidos de ter
A impressão amarga
De bater
Pontas de facas
Mas o que a gente faz?
Escreve escreve dita
Dia a dia a poesia resiste
Frente a esse mundo incapaz
De se sentir amado
Carregando um fardo pesado
De um farto passado
Como se uma
Flor
De repente abrisse caminho
Para, novamente, se amar
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